sexta-feira, 22 de abril de 2016

AS PROMESSAS E A REALIDADE SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL

     Em toda economia organizada, as políticas de incentivos remanejam intensas articulações políticas, e aí, como deve ser o equilíbrio entre os vários segmentos interessados ? Na atual conjuntura que trata do meio ambiente e do aquecimento global, o questionamento não consegue fugir dos interesses maiores das partes envolvidas. O mundo vive um impasse entre os caminhos a seguir, ou toma o caminho árduo, adotando medidas definitivas para conter o aquecimento, ou segue no sentido da omissão do que pode acontecer no futuro. Esse confronto do rumo a seguir, no meu juízo, não deve ocorrer nos próximos 10 anos, entendo ainda, que o fórum internacional não tem a capacidade de alcançar o que ocorre no mundo rural, e muito menos no dia a dia da pecuária e no mercado madeireiro. Como exemplo, o governo brasileiro promete uma meta para os próximos 20 ou 30 anos de desmatamento ZERO, enquanto as previsões técnicas de áreas específicas governamentais
indicam que o desmatamento legal, repito, desmatamento legal autorizado dobrará até 2030 ! Por mais que o Ministério do Meio Ambiente do governo brasileiro crie incentivos através das áreas de prevenção permanente (APP) e, também ofereça 12 milhões de hectares de terras degradadas a serem recuperadas, ainda assim, o Brasil é o principal mercado mundial de agroquímicos e respondeu por 16 % das vendas globais de defensivos em 2014, com aproximadamente 10 bilhões de dólares. Desde
1980 foram realizados contratos de exploração da madeira brasileira, lembro que naquele ano a Associação de Madeireiros da Suécia ( da Suécia ? )com 20 empresários do ramo madeireiro chegava
ao Brasil para retirar a madeira que seria inundada pela hidroelétrica de Tucuruí, algo em torno de 6 milhões cúbicos de madeira de primeira qualidade, havia ainda naquela época uma previsão para os 20 anos seguintes de mais 8 projetos de hidroelétricas.
     As contradições das políticas são antigas e portanto continuam a preocupar a luta contra o desmatamento e contra a hipocrisia necessária para o equilíbrio dos interesses.

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