sábado, 9 de abril de 2016

UMA SUSTENTABILIDADE AINDA MUITO LONGE

     As grandes potências que participam na conjuntura do comércio internacional, adotam sistemas econômicos sem diferenças quanto ao debate da sustentabilidade, esse debate seria a razão que repousaria na economia solidária em auxílio aos mais fracos e na luta contra a fome, já manifestada por João XXIII, e em campanhas da FAO, ou melhor, seria a transferência de excessos de produção dos países ricos para consumo dos países pobres.
     Os Estados Unidos, o Brasil e a China fornecem para o comércio das commodities suas produções de grãos que são colhidos sob padrões de sustentabilidade ambiental comprovadamente nocivos para a vida humana. Somos cúmplices da hipocrisia mundial, quando é noticiado que a colheita de grãos  em 2014 gastou algo perto de 100 bilhões de dólares em agrotóxicos.
     Se a exploração de petróleo, contamina o solo, o mar e o ar que respiramos, o que dizer, então, dos alimentos industrializados...industrializados ! que consumimos. Quando mais jovem, plantei pequenas lavouras de legumes, em campo aberto e manejado  pela mão, essas pequenas produções orgânicas não tem cotações diferentes no mercado atacadista. O comprador atacadista só avalia aspecto e preço, conheço de perto o cultivo e o manejo dos horto-granjeiros, e isso é mais uma razão para ficar sem entender a existência da fome e da pobreza neste mundo de commodities, multinacionais, conglomerados e agências reguladoras, espalhadas por todos os cantos do mundo.
     A produção em grande escala é destinada a alimentação produzida pela indústria, para consumo humano e pela pecuária, não sobra para a mesa do pobre, e da maneira como é produzida não sei aonde se encaixa a sustentabilidade. A propósito, o corte seletivo e sustentável de madeira de lei nativa da Amazônia  é mais uma mentira que aceitamos como gado indo para o cutelo.

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