Depois do encontro em Paris, a questão do clima deve continuar com o encontro em Nova York. Lamentavelmente, não acredito em grandes avanços, torço para estar errado, mas a realidade que venho assistindo ao longo da minha vida, não me dá esperança. Dentro em breve seremos 9 bilhões de bocas a serem alimentadas, incluindo as que passam fome, como produzir alimento suficiente, utilizando os processos altamente devastadores para a natureza. No caso do Brasil, um dos signatários da COP-21 de Paris, mantem em discussão o Código Florestal, sobre o qual as partes interessadas são ao mesmo tempo legisladores e agricultores. O setor da agropecuária brasileira cresceu em 10 anos 60 %, esse setor tem sido responsável pela conquista de uma coliderança através das commodities brasileiras no comércio de carne e de grãos, as divisas das exportações tem significativa contribuição na formação do PIB brasileiro.
O debate, ou se preferirem, a luta, é composta pelos seguintes competidores: Os agricultores, os ambientalistas, os políticos, os foruns, os mercados e os consumidores finais. Haveria alguma chance de se criar um mínimo de comprometimento entre essas partes? Imagino que o agravamento do clima e com o consequente perigo da escassez hídrica abalará enormemente as cotações dos mercados o que provocará de forma compulsória os acordos internacionais sobre as cotas a serem negociadas.
Esse tema, devido a grande repercussão na vida das pessoas, tentarei seguir em etapas, como as políticas de incentivos, os desmatamentos, os critérios de formação de pastos, metas governamentais sobre ativos e passivos de CO2, recuperação e manutenção das margens ciliares, produtividade, transformação de áreas degradáveis em florestas industriais e alteração da matriz energética. Cada tópico mencionado, seria suficiente para a instalação de um forum permanente, todavia, com a minha vida sempre próximo ao meio rural, espero contribuir com comentários sobre a problemática tarefa de se produzir alimentos sem desequilibrar a natureza.
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